sexta-feira, 6 de julho de 2012

Minha terceira viagem para Salinas PA

Ao aceitar este trabalho em Salinas PA, procurei organizar as coisas a meu favor. Com esse pensamento escolhi viajar sempre às 13 horas de sexta feira, como são quatro horas de viagem às 17 horas já estaria por lá e a noite ainda não teria chegado e, desse modo, eu poderia passear e conhecer os arredores.
Decidi escrever este relato na terceira semana em que viajava a trabalho para Salinas, já tinha feito outras duas viagens bem sucedidas em sexta feiras anteriores. Meu trabalho era somente aos sábados, contudo, no quarto final de semana eu passaria mais dias no SAL.
Dando continuidade deste relato da terceira sexta feira... O ônibus da empresa Boa Esperança largou às 13 horas, pegou o acesso a BR 316 pela Av. João Paulo II, antiga 1ª de Dezembro, lá pelas imediações do entroncamento o motorista tomou uma viela estreita que dá acesso a Almirante Barroso, tudo na tentativa de fugir do trânsito caótico de Belém. Realmente saímos da amolação deste inferno por conta do tal BRT.
Poucos minutos depois estávamos presos em outro engarrafamento: do Viaduto do Coqueiro para frente o trânsito estava tão intenso o ônibus andava a 30 km e parava a todo o momento.
Precisamente, hoje, dia 22/06/2012 (dia da terceira viagem) foi a primeira vez que peguei engarrafamento na BR 316 a partir do Viaduto até Ananindeua, deve ser por causa do inicio da alta temporada (férias), visto que muitas faculdades já encerraram suas aulas...
Esta viagem estava diferente das duas anteriores. Nas duas primeiras viagens fiz amizade com uma senhora que se chama Antônia, tem 66 anos, é costureira e possui uma casa em Salinas há 20 anos, é veterana na cidade e me ensinou muitas coisas acerca dos caminhos dentro no município. Como ia conversando animadamente com essa senhora, quase não me apercebi das outras pessoas.
Voltando para esta terceira viagem... Um casal de idosos sentou atrás de mim, eles conversavam em volume alto de voz e foi impossível não ouvir certas coisas. O que eu ouvi nem sempre foi agradável, não gosto de certos assuntos quando estou em viagem. Contudo, houve assuntos proveitosos, como, por exemplo, ouvi os dois idosos falando que havia agência do banco Bradesco em Salinas, bem como, agência da Caixa Econômica... Depois pude constatar in loco que temos também Banco do Brasil e Banpará, ou seja, Salinas está muito bem servida de bancos...
Em Salinas há duas grandes redes de supermercado, o “Onça” e o “São Geraldo”, eu conheci as lojas de ambos localizadas a Av. Senador Lemos, na mesma rua onde ficava hospedada e inclusive já comprei neles. Nesta viagem escutei os idosos falando que o “Onça” possui três lojas e quanto ao “São Geraldo” eu própria constatei que são várias lojas. Contudo, neste exato momento, em fase de conclusão, está sendo construída uma mega loja da Y Yamada, com inauguração prevista para 04/07/2012 (já ocorreu), localiza-se à Av. Miguel Santa Brígida (Avenida principal) ao lado do Posto de Gasolina Ale.
Com toda certeza estas redes de supermercados primárias se sentirão abaladas com a Yamada, porém, com tempo tudo se ajustará.








Desta vez, um senhor idoso, alto, moreno sentou-se na poltrona 8 ao meu lado, portava uma bolsa preta, estilo mala, porém, bem humilde, sem luxo. Sabe como é, final de junho, inicio de julho, alta temporada, férias, toda pessoa que entra no ônibus é suspeito, falo da questão dos assaltos que ouvimos todos os dias. Percebi que ele me analisou para ver perto de quem ele ia sentar e eu idem, as pessoas vivem com medo uma das outras...
Como disse, esta é a terceira viagem que faço, sinto-me mais leve, minimizei 5kg de peso em relação às viagens anteriores por conta de coisas que estava levando, porém, percebi um volume de carros bem maior nas estradas e em determinadas paradas o ônibus pegava gente, houve um momento em que muitas pessoas iam em pé.
As 13h57min estávamos na entrada de Mosqueiro, depois Santa Isabel, quando chegamos a Castanhal chovia bastante, mas, chuva de verão é rápida, às 15h05min chegamos a Santa Maria de Belém, desta localidade até o trevo que dá acesso a Salinas é bastante rápido, chega-se logo.
Depois que entra no tal trevo e pega a estrada para Salinas são mais 92 km para se chegar até lá. Nessa localidade tem muitas lanchonetes com coisinhas gostosas: canjica, farofa de carne assada, tapioquinha de todos os sabores... A lanchonete da Morena é a que mais se sobressai, não só pelo porte como também pela cor do estabelecimento (verde) e por suas coisinhas gostosas.
Este acesso a Salinas a partir da placa que indica que faltam apenas 92 km (rsrsrs,apenas) é bastante tranquilo, não é movimentado, viaja-se bem, muitas fazendas, gado, paisagens bonitas, nada a frente, nem um carro se quer, não há necessidade de ultrapassagens, tudo muito tranquilo, eu amei...
Chega-se até a entrada (acesso) para Nova Timboteua, ao chegar lá o ônibus para no terminal para deixar passageiros, mais alguns kilômetros encontramos o acesso que dá para São João de Pirabas, passamos por ele e seguimos em frente rumo a Santa Luzia (outra Santa Luzia que não é a do Pará).
Pequenas vilas surgem no meio do caminho, para mim, apenas nomes aleatórios: km 42, Vila Nazaré, Alto Pindorama, Corema, Cuiarana...Mas, percebo que as pessoas que saltam do ônibus naquelas localidades conhecem muito bem aqueles lugares...Começam a aparecer placas indicando que Salinas está a 20, 15km...A  viagem está chegando ao seu final...O motorista coloca umas piadas no rádio que repercute em todo o ônibus, achei aquilo extremamente engraçado, quem está dormindo acorda...Chegamos, a minha parada é no Posto Texaco, perto do PM box...Graças a Deus tudo correu bem...O mesmo não posso dizer da volta...
Aguardem próximo texto...
Beijo a todos...

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